"Servidores de Veneno"


Pastores que envenenam o seu próprio rebanho

Em 17 de setembro de 1978, o mundo ficou estarrecido com a terrível tragédia: o fanático líder religioso "Jim Jones" havia dado fim a todo seu rebanho.

Através de uso indevido da "Palavra de Deus", Jim Jones convenceu todo o povo a participar de um ritual chamado "Noite Branca".

Na ocasião, quase 1000 religiosos beberam suco de uva misturado com cianureto e potássio; e todos morreram.

Hoje, ano de 2011, não quero ser nenhum pouco polêmico, oportunista ou até mesmo sensacionalista, em afirmar que os pastores estão voluntária ou involuntariamente, repetindo o ato de Jim Jones, mas desta vez com um terrível "envenenamento espiritual".

Sabemos que somos o que comemos!

Se comemos morte; nosso corpo será morte.

Os judeus ortodoxos não comem camarão.

Eles afirmam que camarões se alimentam de cadáveres do mar, e por isso ao comer tais crustáceos, estaríamos ingerindo morte para nosso corpo.

Tem sentido a palavra, mas não é disso que quero falar!

Disse Jesus em João 6:51: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne."

Ele se fez o modelo de alimento espiritual para que tenhamos a vida eterna.

Ele é o fruto da vida eterna.

No Éden existiam duas árvores cujo fruto poderia modificar o espírito humano.

A primeira ficava bem no meio do jardim, e se chamava árvore da vida (cujo fruto dava a vida eterna); esta representava Jesus.

Ele mesmo confirma esta revelação, em João 6.51.

A outra ficava próxima à primeira, e chamava-se Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.

Esta foi colocada no Éden para disciplinar o homem (era como uma linha de fronteira, na qual o homem não deveria ultrapassar). Genesis 2.17.

Então vejamos, havia duas propostas de alimento para o povo de Deus:
a) Jesus - o alimento que dá vida eterna.

b) Conhecimento do bem e do mal - o alimento que traz morte.

Se você é pastor, a pergunta é pra você: Que tipo de alimento você tem dado a seu rebanho?

Atualmente estamos rodeados de todos os tipos de pregadores.

Eles entram e saem pelas nossas igrejas.

Sobem os altares e pregam suas verdades ou mentiras.

Sempre cheios de autoridade, carisma e testemunhos; cada vez fica mais difícil discernir se o alimento é realmente bom.

Eu posso dizer algo muito verdadeiro: Podemos identificar o caráter de um pastor de igreja, pelo tipo de pregador que ele costuma trazer a seu altar.
Sou do tempo em que os pastores se preocupavam mais com a Integridade da Palavra Pregada.

Enquanto o pregador falava, o pastor desfolhava a Bíblia a fim de saber se a pregação era baseada nas Escrituras.

Meu primeiro pastor, por exemplo.

Eu me lembro das vezes que ele tirou o microfone da mão de pregadores, argumentando com maestria versículos da Palavra de Deus.

Talvez você ache isso radical!

E talvez este seja o problema.

Os pregadores de hoje desenvolvem "fama ministerial" porque passaram pelos grandes palanques.

E dizem os pastores de igreja:

“Vou convidar o fulano, pois ele já pregou nas igrejas mais conceituadas. Certamente ele é bom!".

Sim!

Talvez o "fulano de tal" achou espaço em uma conceituada plataforma em um momento em que Deus realmente o usou.

Talvez ainda, tal fulano tenha conseguido oportunidade por obra do acaso, ou por uma indicação.

Não importa, ele esteve lá, e agora estará em muitos outros lugares.

Veja o tipo de pregador que tem subido nos púlpitos atualmente:

a) Pregadores de motivação:

b) Estes deixam a igreja em polvorosa.

c) São agitadores de alma; mas não tocam no espírito.

d) Especialistas em manipular emoções, conseguem extrair fortes aplausos, e a atenção da sociedade.

e) No dia seguinte está na boca do povo: "meu pastor trouxe um grande pregador".

f) Mas será que a Palavra pregada vai deixar frutos que permaneçam?

g) Lembre-se do que Jesus disse.


Pregadores de promessas financeiras: Deus é rico, e quer enriquecer seu povo.

Eu creio nisso.

Mas a geração de pregadores de promessas é identificada com facilidade, quando suas mensagens terminam frequentemente com uma chantagem emocional, exigindo entregas de bens, baseada na emoção e não na direção de Deus.

Existem pastores que não hesitam em saquear seu próprio rebanho.

Certa vez fui pregar na Bahia, e o pastor da igreja me disse: "Pastor, tire o máximo que puder de dinheiro de meu rebanho, e dividimos meio a meio".
Eu disse que não queria seu dinheiro.

No final do culto a igreja inteira caiu endemoniada, inclusive o pastor.

Foi um momento marcante de meu ministério!

c) Pregadores do ego: São aqueles que falam o que a igreja quer ouvir, e não o que ela precisa.

Se este tipo de pregador acertam na pregação, e atingem a gratidão do povo, terão portas abertas para sempre naquela igreja.

d) Pregadores de testemunho: A mensagem destes é baseada no seu passado.
Noventa porcento do tempo é contar história, e quase nunca dizem o que são agora.

Dizem "o diabo me usava assim e assado", mas dificilmente podem comprovar "mas agora Deus faz isso...".

Porque será que o povo não percebe?

e) Finalmente, pregadores de novas revelações: Estes vez por outra aparecem com uma "nova revelação da palavra".

Suas mensagens quase não tem bíblia; tem muito "achismo".

E como o povo gosta de novidade, parece que a Palavra Eterna já se tornou obsoleta.

Com todos estes tipos de pregadores, porque será que os pastores continuam a convidar gente assim?

Eu respondo: Eles não se preocupam com o tipo de alimento que seu povo está comendo.

Deixaram de oferecer Jesus (a árvore da vida), e passaram a dar a seu rebanho (o conhecimento do bem e do mal).

Mas eu quero dizer pastor.

O que define seu ministério não é o tamanho de seu rebanho, o que falam de sua igreja, ou o que sua igreja fala de você.

O que define seu ministério é: QUANTOS VÃO SE SALVAR GRAÇAS A SEU TRABALHO.

Não se engane no grande dia o Senhor vai querer prestação de contas.

Cuide-se.

Pr. Ricardo Ribeiro


Publicação extraida do Blog  http://prdanielsalesacioli.blogspot.com/

2 comentários:

  1. E o pior é que esse mal cada vez mais se dissemina...

    Mas tenho a impressão que o próprio Senhor está abrindo os olhos de muitos cristãos em nossos dias, e essa realidade - ainda que timidamente - está começando a mudar.

    Infelizmente, um fenômeno triste está acontecendo aqui: Dos cristãos que têm seus olhos abertos, poucos estão permanecendo dentro das igrejas, para influenciar outros (poucos têm seus olhos abertos e permanecem lá).

    Ao contrário, muitos dos que estão percebendo esse mal nas igrejas estão fugindo delas, formando um amontoado de "desigrejados".

    Agora, além de denunciar o mal que corre solto sobre os púlpitos das igrejas, também temos de denunciar o mal que ronda sorrateiramente quem quer ter Jesus mas quer viver fora dela.

    Deus nos ajude!

    Paz do Senhor.

    Elaine Cândida

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    1. Obrigado por acessar este humilde blog.rs... Sugiro que o seja uma seguidora, estive um pouco ausente devido as outros compromissos.. mas estou com novos textos prontos para serem publicados...
      A Paz do Senhor!

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